Transtorno de Compulsão Alimentar

O Binge Eating ou Transtorno de Compulsão Alimentar foi recentemente reconhecido como doença no DSM-V. É definido como um conjunto de episódios recorrentes de ingestão significativamente maior de alimentos num curto período de tempo em relação ao que a maioria das pessoas consumiria sob circunstâncias similares, com episódios marcados por sentimentos de falta de controle, que ocorrem pelo menos uma vez por semana durante três meses, sem comportamentos compensatórios extremos para a perda de peso como a indução de vómitos ou a toma de laxantes (neste caso remete para Bulimia). Uma pessoa com Transtorno de Compulsão Alimentar pode comer muito rapidamente, mesmo quando não está com fome. Será frequente surgirem sentimentos de culpa, vergonha ou desgosto. A ingestão destes alimentos pode ser feita isoladamente em segredo para ocultar o comportamento.

Os pacientes com Binge Eating tendem a possuir uma auto-estima mais baixa, um locus de controle externo e uma maior preocupação com o peso e a forma física em relação aos outros indivíduos que também possuem excesso de peso mas não possuem este transtorno.

Das pessoas com Binge Eating, 78.9% possuem algum outro diagnóstico psiquiátrico de eixo I (como depressão, transtorno bipolar e/ou transtornos de ansiedade). Estima-se que 27 a 47% dos pacientes que fazem cirurgia bariátrica tenham esta problemática. Pacientes com transtorno do pânico são mais vulneráveis a desenvolver compulsão alimentar como forma de aliviar a sua ansiedade. De forma semelhante, pacientes com transtornos de humor podem desenvolver compulsão alimentar como estratégia desadaptativa de regulação emocional. 

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